sexta-feira, 12 de setembro de 2014

A Lenda do Santuário - o novíssimo filme d'Os Cavaleiros do Zodíaco é intenso e sensacional

Há 20 anos atrás começava um fenômeno na TV que perdura até os dias de hoje. Este fenômeno chama-se: Os Cavaleiros do Zodíaco. O título ainda rende peso, tanto para antiga como novas gerações deste maravilhoso anime. Parte deste sucesso já rendeu um filme da era clássica em exibição no ano de 1995. Rendeu outro filme em 2006.

Em 2014, o Japão assiste a um reboot da série chamado Legend of Sanctuary. O filme estreou por lá no dia 21 de junho.

E no dia 11 de setembro de 2014, exatamente 82 dias após o lançamento japonês, o Brasil recebe a mais nova releitura da aclamada saga do Santuário/Doze Casas. E o resultado? Não foi diferente. Ou melhor, se renovou após 19 anos da exibição nacional da Batalha de Abel; e 8 anos após a exibição de O Prólogo do Céu nos cinemas de todo o nosso Brasil.

Seiya, Shiryu, Hyoga, Shun e Ikki foram o motivo para a reunião de multidões de fãs para as salas de cinema de todo o país. Foi o 11 de setembro mais feliz do século XXI. O que dizer de Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário? É um filme épico, empolgante, divertido, e me atrevo a dizer uma coisa que nunca pensei em dizer na vida quanto à série: É um filme com cara de família. E que aliás, reuniu este conjunto. Foi algo muito legal que pude presenciar na noite de estreia e é uma das recordações que, desde já, guardo com carinho.

Antes de falar mais sobre como foi o evento dentro do cinema (se assim posso descrever), tenho que tecer comentários sobre uns pontos e pontas do longa. Se você assistiu, continue por aqui. Mas se não viu ainda, fica o aviso de SPOILERS a seguir. No final deste post, falo mais sobre toda a agitação que movimentou a galera.

Comentários:

[SPOLIERS]



O filme surpreende em todos os aspectos. É impressionante a arte gráfica e os efeitos especiais contidos na produção. E quem assiste, já sente isso logo na primeira cena, onde Aiolos de Sagitário é atacado por outros Cavaleiros de Ouro, por salvar a Atena, que ainda é um bebê. O conceito diferencial para esta versão é bem interessante. Como o Santuário se situar em uma outra dimensão, Aiolos contar sobre a perseguição de Atena e a traição do Grande Mestre por telepatia para a mente de Mitsumasa Kido.

Em A Lenda do Santuário, a história se passa 16 anos após Saori Kido ser salva. Descobre ser Atena por um diálogo entre a mesma e seu criado Tatsumi. Ainda sem entender direito o que isso significa, Saori é atacada por um Cavaleiro de Prata. É aí que toda a intensidade começa a fluir no cinema, com a chegada de Seiya -- que promete acabar com o capanga em apenas trinta segundinhos. Talvez tenha durado um pouco mais...

Mais intenso ainda foi quando surgiram outros Cavaleiros de Prata pra tentar matar Atena e chegam Shiryu, Hyoga e Shun para o ataque. O destaque para as chegadas triunfais vão para o Hyoga que chegou metido a "Kamen Rider" e deu bons sopapos em segundos e ainda pousou de boçal. Hehehe!

Ao acompanhar o filme, percebemos semelhanças e diferenças dos personagens de A Lenda do Santuário para com os personagens do mangá/anime. Seiya está muito moleque. Lembra demais aquele sujeito cômico que era nos primeiros episódios do anime. Porém aqui ele é mais solto. E isso refletiu muito na interpretação que Hermes Baroli tinha que passar na dublagem. Achei estranho no começo, mas dá pra entender o conceito com o passar da película.

Ficou engraçado o fato de Shiryu vestir todo o tempo a sua Armadura de Dragão, mesmo quando os demais Cavaleiros de Bronze estão apenas com roupas civis. Shun está um pouco mais marrudo, embora tenham umas cenas em que ele fica bem andrógeno (veja bem: não estou falando da sexualidade do personagem). E o Hyoga ficava meio isolado e quase não falava. Lembrou até o Ikki. Ah, me atrevo a dizer -- sem medo de ser feliz -- que as performances dos heróis lembram muito algo como Super Sentai e Garo. Quem saca de tokusatsu e for assistir, vai entender o que eu digo.



Já que também falei do Ikki... O que dizer do cara? Nossa! É realmente (e estupendamente) um "cão" em pessoa e no bom sentido da coisa. Até nesta versão o nosso anti-herói teve entradas triunfais indescritíveis. Claro que não podia ser diferente, mas foi algo digno a uma versão moderna de Saint Seiya. Muitos até brincaram na hora da exibição ao dizer que ele estava sendo um "Batman", antes de atacar o Cavaleiro de Sagita. E outra coisa: uma "Ave Fênix" quase silenciosa e praticamente sem encostar o dedo. (Com direitos a um "Rider Kick") Magnífico! Mais canastrão, impossível. Teve também a surra que Aiolia de Leão deu nos Cavaleiros de Bronze. A cena responde o fato de Saori estar de cabelos cortados em alguns trailers.

Mas vamos ao que interessa: falar sobre as Doze Casas. Poxa, interessante os Cavaleiros terem aberto um portal com suas medalhas (que serviam de Pandora Box) para passar para o Santuário. Aqui coube uma boa sátira na hora em que Shiryu explicava que eles teriam que passar pelas casas de Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão... Só vocês vendo mesmo pra achar graça.


Como era de se esperar, as lutas foram meio rápidas e tiveram que pular algumas casas. Mas vamos lá. Na casa de Áries foi muito rápido, pois teve conseguiu reconhecer que Saori é Atena e "tchau, podem passar pra casa de Touro, sejam felizes lá e nos vemos depois. Beijo e me liga".

Pra compensar a rapidez na primeira casa, em Touro durou mais com Aldebaran (vale ressaltar que o personagem foi originalmente dublado no Japão por Rikiya "Joe Kazumi" Koyama) comendo seu bife, bater na mesa e conseguir fazer milagres ao deixar os pratos/copos/talheres caírem em pé. O diálogo na luta pode-se resumir ao Seiya chamá-lo de "tiozão". Teve até um "golpe" onde Aldebaran grita: "Não me chame de tiozão". (rsrs)

De Touro fomos pra Câncer. Caramba! Nunca pensei que veria um Máscara da Morte sarcástico. Muito estranho. Ah, eu gostei, vai. Não vou esconder isso. Foi curioso demais. Teve até momento musical a la Disney. Tipo, as faces dos mortos cantarem, cantarem e cantarem. Sim, na dublagem, o vilão foi marcado com o termo "latas velhas". No Seikishiki, a luta entre Shiryu e Máscara da Morte foi considerável. Aqui o herói tira sua armadura pela única vez e deixa o vilão quase nu. Chegando por aí, melhor passar para outra casa...

Hyoga foi arremessado para a Casa de Aquário (ainda bem que o filme passou bem longe da famigerada Casa de Libra e nem precisa) e lutou bravamente -- apesar de rápido -- contra Camus de Aquário. O dublador Mauro Castro se encaixou bem ao personagem e seu timbre foi próximo à voz do saudoso Valter Santos (que nos deixou em dezembro passado).

Em Leão, Seiya não apanhou tanto de Aiolia como no anime, mas teve o ombro de sua armadura quebrada. Não tinha Cassius pra livrar o Cavaleiro do efeito do Satã Imperial de Ares. Então isso ficou por conta do Shaka de Virgem despachar o serviço e... daí já podia começar a guerra dos mil dias. (Hehehe!)



O tempo do relógio de fogo filme se esgota e temos uma luta de Seiya contra (A) Milo de Escorpião e Shun que perdeu vergonhosamente contra Shura de Capricórnio. Até que Ikki surge e enfrenta o homem da Excalibur, mas perde feio também. (Pô, Ikki. Não me mata de vergonha!) Um parêntese: gostei da voz da Silvia "Jasmine" Goiabeira como Milo.

As coisas vão se esclarecendo e aparece o testamento de Aiolos para cair por terra toda a farsa do Grande Mestre. Como já não fazia mais sentido toda a pancadaria, Ares despacha Afrodite de Peixes sem dó e piedade para a Outra Dimensão. Foi do tipo "vamo matar logo esse Cavaleiro que a película tem que acabar cedo". Para o bem ou para o mal, Afrodite morreu "lindamente"... ou não. Já que o produtor Yousuke Asama deixou um spolier em aberto sobre Afrodite. Deixemos pra comentar no futuro.



E aí começa toda a luta do Grande Mestre, que logo se revela como Saga de Gêmeos. Sou suspeitíssimo pra falar que a interpretação de Gilberto Baroli (um dos meus dubladores favoritos) foi, como sempre, acima da perfeição. Mais uma prova de que o cara nasceu pra ser vilão e com respeito. O final do filme foi de deixar na ponta do sofá. Mas deixo estes comentários em aberto pra vocês mesmos testemunharem e opinarem. Eu gostei do que vi e saí com o cosmo mais que elevado. (rsrs) Ah, se você não assistiu e está lendo este spolier, vai uma dica: não faça a besteira de sair ao começar os créditos finais. Tem cena no último minuto.

Resumindo: A Lenda do Santuário é um filme pra se entreter e pular diversas vezes da poltrona. Vale cada moedinha do seu ingresso e merece ser assistido pelo menos umas três vezes. Sem dúvidas despertou a nostalgia que o título do anime de maior sucesso no Brasil carrega e sempre carregará. Ainda não se sabe se haverá uma continuação. Tudo depende da própria Toei Animation. Vamos esperar pra que ela se preze a sequenciar este filme e que possamos ver uma nova versão. Seja Asgard, Poseidon ou Hades. Enquanto nada se confirma, temos que aproveitar essa oportunidade de ouro em que podemos ver nossos Cavaleiros do Zodíaco (ou o que representa-os no reboot) em tela grande.




Pra fechar a conta o assunto e passar a régua, vai aí um vídeozinho com o making of dos estúdios da Dubrasil. O material também está carregado de spoilers.

2 comentários:

  1. Matéria muito boa.
    Da pra ver q vc entendeu a proposta do filme, enquanto em outros sites, so tem besteiras relacionadas ao filme.

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