sexta-feira, 18 de julho de 2014

Os 20 anos de Winspector e Patrine no Brasil

Winspector deu o pontapé para a segunda era dos tokusatsus pós-Jaspion/Changeman

Na metade do ano de 1994, surgiam na TV Brasileira duas novas séries do gênero tokusatsu via Rede Manchete. Eram o Esquadrão Especial Winspector (Tokkei Winspector) e a Estrela Fascinante Patrine (Bishojo Kamen Poitrine). Ambas foram produzidas pela Toei Company em 1990 e chegaram ao Brasil por intermédio do sr. Toshihiko Egashira e sua distribuidora Tikara Filmes (anteriormente Everest Vídeo) e marcaram o início da era de prata dos tokusatsus em nosso país, formada depois com as séries Solbrain e Kamen Rider Black RX no ano seguinte.

A programação da extinta TV Manchete estava segurando reprises das séries Kamen Rider Black (ou "Blackman" como era horrendamente chamado na programação) e Cybercop. Black ficou na programação exatamente até o dia 15 de julho (sexta-feira) no horário das 16h30. Cybercop passava a partir das 19h00, logo após o Clube da Criança.

A partir do dia 18 do mesmo mês, mais precisamente um dia após a conquista do tetracampeonato brasileiro na Copa do Mundo nos EUA, a Manchete reformulava a programação das séries japonesas, que estava bem escassa devido à saturação que o gênero sofreu em anos anteriores. As reprises quase intermináveis de Issamu Minami contra os Gorgon teve seus dias contados e foi substituído pelo programa Acredite Se Quiser (das 15h30 às 17h00). Cybercop ficaria provisoriamente apenas no matinal Dudalegria.

E a partir das 19h00 começava a série Winspector! Infelizmente o horário era ocupado por telejornais locais de vários estados fora do eixo Rio-São Paulo, e algumas optavam por exibir apenas os últimos minutos do episódio. Mas havia um horário alternativo nas manhãs do programa de Duda LittleUm pouco antes, em 4 de julho do mesmo ano, tivemos a estreia da heroína no Clube da Criança. Posteriormente em 1 de agosto teve exibição matinal no Dudalegria.


Antes da estreia, Patrine era a 
prometida para ser a nova
 "Rainha dos Baixinhos"


Durante o novo mês 9agosto), Winspector e Patrine foram firmados no horário vespertino da emissora. Formando um trio com Cybercop (esta ficou na Manchete até o início de março de 1995) a partir do dia 15 de agosto, chegando até competir com a reprise de Flashman na Rede Record.

A programação da Manchete ainda não teve uma pegada popular com estas séries e só passaram a ficar em evidência após a estreia do anime Os Cavaleiros do Zodíaco, em setembro do mesmo ano. Com a chegada do anime, Winspector teve uma certa ajuda no sucesso. Não teve o mesmo auge de Jaspion e Changeman. Mas marcou a memória afetiva de quem acompanhava a saudosa emissora dos Bloch. Rendeu diversos brinquedos pela Glasllite, e lançamento em VHS pela Intermovies.

Já Patrine, teve um sucesso mediano. Inicialmente foi a "grande aposta" do Toshi em trazê-la no lugar de Kamen Rider Black para seu pacote para o ano de 1991. Tentando chamar a atenção da molecada, a heroína foi referida como a "nova rainha dos baixinhos" (What?!). Isso com a intenção de tentar emplacar sucesso como aconteceu no Japão. Dentre as ideias, havia planos para um circo-show nos mesmos moldes de Jaspion/Changeman. Patrine foi anunciada pela Manchete em meados de 1993 para estrear no Clube da Criança, que era apresentado pela atriz Mylla Christie naquele ano. Mas foi adiada e só em julho do ano seguinte aconteceu a estreia como contamos acima. Não fez sucesso com o público feminino, mas foi garantia de comentários em papos de roda entre os garotos.



As duas séries foram dubladas pela extinta Windstar. Talvez os únicos trabalhos do estúdio. O narrador de ambas foi Emerson Camargo, que foi a voz oficial de National Kid nas duas primeiras dublagens brasileiras. Dentre os heróis, as vozes de Marcelo Campos (Mú de Áries) como Liuma Ogawa/Fire, Hermes Baroli (Seiya de Pégaso) como Biker, Afonso Amajones (Ultraman) como Highter, Marli Bortoletto (Sailor Moon) como Sayuri Nakami/Patrine e tantos outros ficaram na lembrança de quem assistia na época.

Winspector foi a nona série do gênero Metal Hero e a penúltima desta franquia a vir para nosso país. Em 1999 (ou 1990 numa possível retcon), o chefe de polícia Shunsuke Masaki cria uma força especial com tecnologia avançada para combater a criminalidade em Tóquio. A equipe é formada pelo policial Liuma Ogawa (Ryouma Kagawa no original), que veste uma poderosa armadura e assume o codinome Fire. Pelos "irmãos" robôs Biker e Highter (Walter), a policial Junko Fujino e demais aliados. Esteve em diversos horários na Manchete e ficou por mais de três anos no ar.

Patrine é uma personagem criada pelo falecido mangaká Shotarô Ishinomori e sua série foi a décima primeira do extinto bloco Toei Fushigi Comedy Series, da faixa das nove da manhã da Fuji TV (onde atualmente é ocupada pelo anime Dragon Ball Kai). A história conta sobre a estudante Sayuri Nakami (Yuko Murakami) que é escolhida pelo Deus Protetor para se tornar em Patrine e proteger a paz na cidade. A heroína tem a ajuda de seu irmão Hideki (Takutô) e do Clube Patrine em sua luta. Porém, desconhecem a identidade da mascarada. A série dá uma importante engrenada com a aparição da Pequena Patrine (Poitrine Petite) e do Diabo (Diable).






2 comentários:

  1. Se o circo show da Patrine vingasse não seria nada mau. Dependendo da gatinha que escolhessem para interpretar a heroína nele, hehe...

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